analise critica: Morte e Vida Severina

A vida é desafio : Do sertão para a cidade grande.

Primo de Manuel Bandeira e Gilberto Freire, o autor de morte e vida Severina tem o sangue de escritor. João Cabral de Melo Neto nasceu no Recife em 1920 e faleceu em 1999. Foi o mais importante poeta da geração de 45 e diplomata brasileiro.Hoje em sua homenagem existe um monumento na cidade de Recife.A pedido de Maria Clara Machado escreveu o “auto de natal pernambucano”, Morte e vida Severina, o poema mais popular de Pernambuco, escrito em meados de de 1957 para 1956.

O texto relata a história de um retirante de 20 anos que sai em buscas de melhores condições de vida, ou seja a historia de Severino, que sai do sertão e traça uma trajetória em busca de melhores condições na cidade grande guiado pelo rio Capibaribe. Severino é uma metáfora para nordestino, que na maioria das vezes sai do sertão acreditando em outras cidades nas quais a seca é mais branda, a vida pode ser melhor, mas em todo percurso ele vai percebendo que a vida Severina, independe do lugar. Ao longo dessa sua viagem Severino so se depara com a morte. Em seu caminho encontra dois homens (irmãos das almas) que carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e acontece uma denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes.O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem, Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho.Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer. A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma vida mais longa.Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas águas do Capibaribe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa com seu José, mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho havia nascido.Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como se fora um auto de Natal. Seu José tenta dissuadi-lo do suicídio.E quando Severino está para pular para fora da ponte da vida eis que a Vida renasce, através de um choro de menino.

Morte e Vida Severina mostra a realidade da muitos moradores do sertão nordestinho o personagem Severino sai de sua terra natal onde julga não valer a pena viver, em busca do que para ele é o lugar ideal. Esses moradores quando vem para a cidade grande criam tantas expectativas, mas depois vêem que a realidade é outra o que ocasiona uma decepção grande, muitos mas muitos mesmo não tem sorte de se suceder bem, nem precisando a enricar mas viver em condições melhores, por não terem uma qualificação ficam desempregados a partir daí é que vem o crescimento das favelas e muitos ainda moram na rua ao reeleito desse ponto vão buscar sobrevivência se debandado para o lado da violência, prostituição e humilhação, mendigando de um e outro para poder viver. Essa é a realidade dos sertanejos ate quando os órgãos governamentais tomarem uma providencia para diminuir essa desigualdade social, enquanto isso não acontece muitos “severinos” vão querer pular da monte. Enquanto uns tem muito e vive sua vida como se o mundo só girasse em torno dele, existe outros com pouco ou quase nada.


Alexsandra Lira e Fernanda Caroline , alunas do ensino médio, do Colégio da Polícia Militar de Pernambuco

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