Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo neto, conta a história de um retirante que sai do sertão de Pernambuco em direção a cidade grande, Recife. A obra de 1954 ainda é bastante atual, pois ela serviu não só para compreender a sociedade da época em que foi escrita, mas ainda hoje é utilizada para a análise do êxodo rural.

Milhares de trabalhadores rurais não tendo mais condições de trabalho, seja por questões naturais ou tecnológicas, vão habitar as grandes metrópoles e contribuem para o aumento de favelas. A passagem do sertão para o litoral é entendida como uma viagem, saindo de uma paisagem seca, de um solo pouco produtivo para uma verde e de terra bastante produtiva.

A diferença do trabalhador da zona da mata para o trabalhador do sertão fica visível só na terra e na vegetação, pois eles têm algo em comum, a vida, a vida severina, dura, pesada, em que o perigo da morte está cada vez mais perto. Morte e vida, esse é o lema do retirante, tentando fugir da morte, indo ao encontro da vida. A vida procurada quase perdida, mas para um severino, um forte, ela vale a pena ser defendida.

JOSIKÉLIBE VIANA G2

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